A minoridade é algo essencial á vida religiosa. Não foi por acaso que Francisco quis esse adjetivo ao nome da sua ordem. Francisco ao contemplar Jesus Cristo e sua vida realiza uma grande descoberta, ele descobre o Cristo Menor, ou seja, o Deus todo poderoso que se esvazia de toda a sua grandeza e humilha-se encarnando na pessoa humana. O Deus que vive em nosso meio do nosso jeito cotidiano. A partir dessa descoberta Francisco compreende que só é possível seguir esse Cristo Menor realizando o caminho da Minoridade. Caminho este percorrido por Jesus, enquanto esteve aqui na terra, e que fica muito claro nos evangelhos através das atitudes e relacionamentos de Jesus com o povo e seus discípulos.
Cristo se faz menor durante toda a sua vida pública percorrendo este caminho até se entregar totalmente na cruz, colocando-se assim entre os últimos da sua época. Francisco coloca-se nesse caminho e consegue percorrê-lo durante a sua vida, não pelo simples fato de ser o ultimo, mas como doação e serviço para com o próximo.
A minoridade franciscana deve nos acompanhar mundo afora numa vida de itinerância sem acumulação de bens e sem nada de próprio. A nossa vida deve bastar-se no servir a todos sem distinção e discriminação.E para isso é essencial cultivar uma cultura de paz com todos e principalmente com toda a criação pois não estamos acima dela e sim fazemos parte da mesma.
A minoridade é algo que perpassa todas as nossas relações e reflete no nosso modo de ser, agir e pensar entre outros aspectos.
Por isso é para nós um grande desafio no mundo de hoje tornar-nos menores não só no nome, mas agregar isso na nossa maneira de viver, impregnando nossas atitudes de gestos de minoridade.
Eis aí o grande desafio que cristo nos lança dentro da nossa caminhada nesse mundo moderno: o de “ Quem quiser me seguir tome a sua cruz e se faça menor entre os menores do reino...”
Frei Franklin Freitas
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